Thursday, October 4, 2007

A ELEIÇÃO DE MENEZES

Os “sulistas e elitistas” que se preparam para lhe fazer a vida negra não são os “barões” do Partido.
Porque esses já estão todos bem instalados na vida e são-lhes hoje indiferentes as voltas que a vida política dá.
Aliás, os chamados “barões” já olharam com indiferença para esta eleição partidária, a qual se travou antes num escalão inferior : nas secções disseminadas pelo país, que são a fonte de um pequeno, mas relevante poder : a conquista das Juntas de Freguesia, das Câmaras Municipais e até dos apetecíveis lugares de Deputados.
E essa conquista faz-se muitas vezes, sem que ninguém dê por isso, através do presidente de uma insignificante secção, que junta à sua volta os familiares e amigos, inscrevendo-os na vida partidária e pagando-lhes, se necessário, as insignificantes cotizações, desta forma adquirindo um poder que, somado ao dos que dirigem secções idênticas, dá mesmo para escolher um primeiro-ministro do país (20.000 votos chegam para esse efeito).
Os “sulistas e elitistas” que vão procurar travar a caminhada encetada por Menezes estão em Lisboa, nas redacções dos jornais e televisões, e preparam-se para lhe fazer o mesmo que fizeram a Fernando Gomes.
Vão vasculhar-lhe a vida privada até ao último pormenor, vão deslindar até à minúcia a sua actuação na Câmara de Gaia e vão, quanto a cada uma das suas posições políticas, confrontá-las com anteriores atitudes. Vão, em suma, tentar fazer-nos a demonstração de que só Lisboa pode ser a fonte do Poder.
A luta que se avizinha não é ideológica, nem minimamente, mas entre pessoas e grupos que os acompanham.

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