Monday, December 29, 2008

SOB O SIGNO DA CRISE

Estão cheios os hotéis do Algarve e da Madeira. E já não há lugar nos aviões para o Brasil ou Maldivas.
É assim, com notável sabedoria, que os portugueses reagem à crise. E mesmo quando são confrontados com os gastos do Natal, superiores aos do ano anterior, todos dizem, com ar contristado – na televisão não se deve ter outro ar – que estão a ser vítimas da crise.
Seguem afinal o conselho dos economistas, nossos mestres, que nos aconselham a mantermos o mesmo fervor consumista. Porque, segundo eles, passarmos a poupar e a restringir as despesas no essencial é prejudicar o comércio, a indústria e sobretudo os pobres dos bancos, é abrir o caminho a esse mal terrível que dá pelo nome de deflacção.
Estarão os economistas a apontar-nos o caminho certo ? Ou, pelo contrário, a crise em que o Mundo está mergulhado não exigirá que mudemos de vida rapidamente?
O próximo ano já nos vai dizer se precisamos ou não de um abalo como o que ocorreu na Grécia.

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